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sábado, 18 de abril de 2015

Globalização e a Nova Ordem Mundial

Globalização! Nova Ordem Mundial! Na verdade, esses são termos construídos para caracterizar ou explicar, muitas vezes de modo confuso, as relações sociais operantes no interior do sistema produtor de mercadorias.

Na tentativa de aprofundar as discussões sobre a temática em questão, sugerimos colocar em reflexão cada um desses termos.

O que é Globalização ?

Você já ter ouvido falar sobre "As grandes Navegações", uma escalada onde alguns europeus: portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses, se aventuraram pelo mar, em busca de riquezas, e, para consegui-las, tiveram que colonizar vários povos (americanos, africanos, asiáticos, dentre outros).a  fim de concretizar a produção de "coisas" (mercadorias) para serem comercializadas no mercado mundial, incluindo ai as próprias colônias onde as mercadorias eram produzidas.

Esses momentos da história do Capitalismo foram denominados pelos estudiosos de "europeização". Esse processo se arrastou durante quatro séculos (do século XVI ao XIX) e que fez os povos colonizados sofressem fortemente a influência em hábitos, costumes, tradições e ideais da cultura e do modo de vida já dominante na Europa do século XVI. 

No século XX, novos eventos vão corroborar com a emergência dos Estados Unidos como superpotência mundial. Segundo a critica das Ciências Humanas, estaríamos entrando em um período da história do capitalismo que ficaria conhecido como americanização ou imperialismo - em que o mundo estaria vivendo uma intensificação do processo  de transnacionalização ou internacionalização do capital produtivo e financeiro, que atinge limites com a queda do Socialismo de Estado na União Soviética e o uso das ciências e das novas tecnologias, dando às grandes empresas transnacionais poder político nunca antes alcançado.

Nova Ordem Mundial ou derrocada sócio-econômica do Capitalismo ?

Todos esses acontecimentos vão permitir, ao longo dos 80 e 90, a emergência de novos termos, que vão servir, não só para explicar, mas, sobretudo, para legitimar o processo de reestruturação da globalização ou rearranjo geopolítico do sistema produtor de mercadorias, dando a impressão de que o mundo estaria assistindo ao surgimento de uma Nova Ordem Mundial (expressão cunhada pelo presidente norte-americano Ronald Reagan na década de 1980), em que novos sujeitos (polos) econômicos estariam surgindo na arena da concorrência e da valorização do capital.

Contraditoriamente a essa "nova ordem mundial", erguida sobre uma revolução tecnocientífica, que possibilita o uso de novas tecnologias industriais, ao que estamos assistindo é uma crise econômica e social de escala sem precedente que está conduzindo ao rápido empobrecimento de vários setores da população mundial, o colapso de economias nacionais, o aumento alarmante do desemprego, dentre outros. 

Em todo o mundo, micro espaços de prosperidades  convivem com cinturões de pobreza, desemprego e fome. Essas contradições, que tornam evidentes que o Capitalismo vive hoje uma crise econômica global, cuja consequência profunda afeta não só a vida social, mas também o ambiente.

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